quarta-feira, 30 de outubro de 2019

AS TRÊS EPÍSTOLAS DE JOÃO < Estudo >

ESTUDE COM A BÍBLIA NAS MÃOS

João era conhecido como "o apóstolo do amor", mas se destacava  também como homem rigoroso, que não tolerava heresias.
Ambos dos seus aspectos são antes.  
"Intenso" eis a palavra que melhor descreve o homem. 
Nos atos, no amor pelos irmãos,  na condenação das heresias.  
João era o apóstolo intenso. 

Escreveu seu Evangelho  a fim de que as pessoas cressem.
"Estes,  porém, foram registrados para que cereais que Jesus é o Cristo,  o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em Seu nome
(João 20. 31).

Escreve agora sua Epístola  a fim de que aqueles que já são cristãos tenham completa segurança da sua fé. 
 "Estas coisas vos escrevi a fim de saberdes  que tendes a vida eterna, a vós  outros que credes em o nome do Filho de Deus
(1 João 5. 13).

João descendia de uma família abastada. Conhecia pessoalmente o Sumo Sacerdote do Judaísmo,  que sempre vinha das classes mais altas. 
Ele é Tiago filhos de Zebedeu, tornaram discípulos do Senhor. 
Foi incomparavelmente usado pelo Espírito Santo ao nos apresentar, no seu Evangelho, a visão  mais interpretativa da vida de Cristo,  bem como no Apocalipse, a magnífica  revelação de Jesus Cristo. 

Suas três Epístolas  (as duas últimas compreendem apenas um capítulo) ocupam um lugar único entre as cartas do Novo Testamento.  
O conselho que dá a Igreja é de um cristão maduro, que esteve com Jesus desde o princípio, qualificado para ensinar, exortar e consolar como nenhum dos outros escritores. 

É com seu testemunho pessoal de Cristo que ele começa.  Afirma que seus olhos O viram, que suas mãos tocaram o Verbo da Vida (1.1), declarando-se testemunha ocular de tudo que escreveu. Isto faz dele o mais fiel mensageiro da Verdade. Lendo o primeiro capítulo da primeira carta você vai constatar que ali está o mesmo João do capítulo um do Evangelho. Ele foi atingido pela verdade de que Deus é luz, e que por causa de Jesus nós também  podemos caminhar na luz.

Note  a ternura com que João trata do problema do pecado. Reconhecendo o fato de que somos imperfeitos tanto no pensamento  como na conduta, relembra-nos, no entanto, que quando falhamos temos Alguém que possui o remédio para o pecado.  Mas não podemos usar isso como desculpa para as nossas falhas. O teste real para a nossa reivindicação de conhecer  a Deus é obedecer-Lhe em todas  as coisas. 

Há hoje algumas pessoas que confundem o fato da 
"graça gratuita"
 com o erro da 
"graça fácil ".
 Isto quer dizer que abusam do direito ao perdão por continuarem  a praticar coisas contrárias  à  sua fé em Jesus como Salvador e Senhor. João adverte que aquele que assim procede 
"é mentiroso e nele não está a verdade
(1 João 2.4).
O apóstolo do amor dá-nos  uma lição sobre os propósitos do amor no capítulo dois onde escreve: 
"Aquele que diz está na luz e odeia seu irmão, até agora está nas trevas. Aquele que ama seu irmão, permanece na luz e nele não há nenhum  tropeço
( 1 João 2.9,10). 
E acrescenta: 
"Não ameis o mundo, nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele"
 (1 João 2.15). 
Estas são apenas algumas das dimensões do amor que faríamos bem em compreender. 
Jesus nos deu primeiramente o mandamento: amai-vos uns aos outros. 
João apresenta esta carta declarando que o que ele tem a escrever não é 
"mandamento novo, senão o mandamento antigo
 o qual desde o princípio tivestes" (2.7), 
mas que permanece tão importante quanto da primeira vez.

João volta a falar sobre o amor no capítulo 3. 11- 24. Vemos aqui um pouco da sua severidade contra aqueles que quebram este mandamento do Senhor:
 "Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é assassino e não tem a vida eterna ... "
(1 João 3. 14,15).

São palavras pesadas é muito pouco compreendidas e consideradas pelos que se dizem "irmãos" na multi-ramificada Igreja de Jesus Cristo.

Volte ao início do capítulo terceiro e leia três dos mais belos versos de todas as Escrituras Sagradas. João fala dos resultados do Amor divino, e da nossa situação como Seus filhos. Em oposição direta àqueles que não só afirmam que não podemos saber se somos ou não realmente filhos de Deus, como somente depois da morte e do julgamento o saberemos, o apóstolo João declara que o somos desde agora. Podemos ignorar o que acontecerá quando Jesus aparecer, mas temos hoje esta calma segurança: somos aceito por Deus como Seus filhos. 
Esses versos são para serem memorizados por aquelas almas tímidas que dão ouvidos as mentiras de satanás; por aqueles que, atormentado pelos pecados da vida, foram perdoados e purificados pelo Sangue de Cristo; aqueles que deram ouvidos aos falsos mestres. João declara que a salvação é nossa exatamente agora, que o nosso Novo Nascimento através de Jesus Cristo incorporou-nos a família de Deus, e que somos Seus filhos. 
Os que são "do mundo" não reconhecem este fato, visto que não reconheceram o Filho Unigênito de Deus quando apareceu no meio de nós. Tal descrença, entretanto, não altera o fato. 
Fé em Jesus Cristo nos traz perdão de pecados e confiança de que somos aceitos pelo Amado do Senhor.
 João senti-se dividido entre conselhos práticos e as sublimes declarações de Deus exclusivas dos seus escritos.

O capítulo 4 traz esta mistura de humano e o divino. Somos ao mesmo tempo advertido sobre falsos profetas e a necessidade de discernimento de espíritos deste povo, para depois mergulharmos na descrição da natureza do próprio Deus 
(1 João 4. 8-21).
As afirmações ousadas de João nesta epístola são radicais quando colocadas lado a lado com os dogmas e doutrinas desenvolvido pelos homens como "definição" de Cristo durante os 20 séculos passados. 
Eis um exemplo:
"Aquele que tem o filho tem a vida aquele que não tem o filho de Deus não tem a vida" (5. 12). Todo o capítulo 5 desta primeira carta é uma descrição do Novo Nascimento, mas em termos tão simples que nos leva a pensar que deveríamos esquecer muito da nossa teologia a fim de crer no que ele escreveu.
 Quase toda pessoa que ouve as boas novas de salvação é ensinada que pode ser salva pela fé em Cristo, mais alguma coisa. Há até mesmo aqueles que têm a arrogância de proclamar que a salvação se encontra "na igreja". João diz que a vida é encontrada exclusivamente no Filho.
Aqueles que abominam a ideia de uma salvação sacramental declaram que para ser salvo é necessário obedecer aos costumes da igreja local. 
Se uma mulher ao cortar o cabelo (em algumas igrejas brasileiras), eram excluídas da comunhão. O que ela aprende, mesmo que nenhuma palavra lhe seja dita, é que a salvação é alcançada pela frente Jesus Cristo mais cabelo comprido.


Em mil maneiras diferentes, as pessoas aprendem que Jesus não é suficiente, que a salvação se encontra em cerimônias, rituais, orações, votos, obrigações, piedade pessoal e etc...
João escreve que a vida eterna está no Filho de Deus. 
Quem aceitar o Filho, recebe a vida, e quem não aceitar o Filho de Deus, não recebe a vida. 
Em quase todas as igrejas cristãs, João seria considerado o herege, ou, no mínimo, lamentavelmente desinformado sobre a natureza da verdadeira salvação. 

Quem está certo ? 
Sera que a autoridade do ensinamento da igreja é maior do que a do apóstolo ? 
Sera que as regras e regulamentos da congregação local fazem parte da vida eterna ?  
Com tantas vozes conflitantes, qual ouvir ?

Deixe me recomendar, com toda a humildade e sinceridade, que você coloque de lado seus preconceitos,  suas respostas decoradas no catecismo, sua devoção aos santos, e à 
 "doutrina favorita" de cada denominação, e ouça  novamente João, O apóstolo amado.
 Leia repetidas vezes este quinto Capítulo.
 Pergunte seu significado ao Espírito Santo.
Diga a Deus que você deseja ser ensinado por Ele, e ouça o que Ele vai dizer-lhe. 
As mesmas verdades de alegria, de amor, serão encontradas nas curtas segunda e terceira Epístolas de João, que recomendo para leitura cuidadosa acompanhada de oração.

Próximo Estudo: A EPÍSTOLA DE JUDAS

Com amor em Cristo Jesus 
Lúcy Jorge 
Serva do Deus  Altíssimo 

sábado, 26 de outubro de 2019

SEGUNDA EPÍSTOLA DE PEDRO < Estudo >



ESTUDE COM A BÍBLIA EM MÃOS

Assim como o apóstolo Paulo se sentia perturbado no seu espírito a causa de falsos mestres e perder tiram a pureza da mensagem do Evangelho, Pedro também se preocupava com a devastação da fé do povo de Deus, corrompida por falsas doutrinas.

Sua primeira carta se destinava consolar a Igreja; a segunda, a prevení-la. 
Os perigos de dentro eram a heresia e a imoralidade.
Afirmando que o propósito da nossa salvação é tornarmo-nos iguais a Cristo, acrescenta que o crescimento cristão depende de conhecimento.
Esta Segunda Epístola é em parte uma repreensão a liderança da Igreja, que permitirá todo tipo de falsos mestres misturando-se ao povo e ensinando o que bem entendia: 
Franca imoralidade !
Alguns usavam até mesmo sua posição nela para enriquecer. 
A crença na segunda vinda do Senhor vinha sendo ridicularizada e os membros da Igreja sofreram as consequências dos abusos de seus líderes.

Pedro começa a falando da necessidade de crescer através de um desenvolvimento que se inicia com a fé e se transforma em virtude, conhecimento, temperança, paciência, piedade, cuidados fraternais e finalmente amor.
Ele declara que, se nós não demonstrarmos tais virtudes, seremos cegos, e teremos esquecido as próprias bases da nossa salvação.

A linguagem de algumas dessas epístolas é dolorosamente direta e não deixa dúvida quanto ao destino daqueles que desviam os membros da Igreja não só por falsos ensinamentos como por maus exemplos. 
Pedro diz que essas "heresias abomináveis" levam à rápida destruição.
Dá uma curta lição de história, mostrando que Deus jamais deixou de punir os culpados e que os princípios de justiça não mudaram. 
A ira apostólica contra aqueles que 
"prometem liberdade sendo eles mesmos servos da corrupção
é bastante evidente.

No último capítulo, Pedro retorna ao tema da segunda vinda de Cristo, afirmando que estamos vivendo na esperança da volta de Jesus, e exortando-nos a viver 
"em santo procedimento e piedade"
(2 Pedro 3. 11).
conclui a epístola dizendo-nos que devemos crescer
 "na graça e no conhecimento do nosso Senhor e salvador Jesus Cristo"
(2 Pedro 3. 18)

PRÓXIMO ESTUDO: AS TRÊS EPÍSTOLAS DE JOÃO

Com amor em Cristo Jesus 
Lúcy Jorge 
Serva do Deus Altíssimo

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

PRIMEIRA EPÍSTOLA DE PEDRO < Estudo >


ESTUDE COM A BÍBLIA EM MÃOS

Estranho, o fato de Pedro não ter escrito nenhum dos Evangelhos. 
Presente à maior parte dos acontecimentos no ministério de Jesus, foi trazido ao Senhor por seu irmão André. 
Os dois moravam em Cafarnaum quando Jesus chamou para deixarem seu negócio de pescaria e se tornarem Seus discípulos.

Pedro transformou-se rapidamente no líder do grupo dos doze homens que estavam com Jesus durante todo o Seu ministério.  Fazia parte do círculo interno dos três (Pedro, Tiago e João) e presenciou alguns de Seus maiores milagres, tendo assistido à Sua transfiguração (Marcos 9. 2).

Pedro homem cheio de "altos e baixos", capaz de afirmar a divindade de Jesus (Mateus 16. 16) para logo depois, acusado por uma criada na noite da crucificação, negar qualquer conhecimento dEle. Ao dar-se de sua fraqueza, saiu pela noite e chorou amargamente 
(Marcos 14. 66 - 72).

Conhecendo seu remorso, após a ressurreição, Jesus lhe apareceu antes de qualquer dos outros apóstolos. Pedro tornou-se o líder da Igreja Primitiva em Jerusalém. Pregou o primeiro sermão público no dia de Pentecostes. Conta-nos a tradição (não há qualquer evidência bíblica do fato), que foi crucificado em Roma de cabeça para baixo, durante a terrível perseguição do Imperador Nero, iniciada no ano 64 AD.
Para maiores informações sobre ele e seu ministério, leia os doze primeiros capítulos dos Atos dos Apóstolos.

Este Apóstolo é provavelmente o maior exemplo do poder transformador de Cristo na personalidade humana. Seu retrato nos quatro Evangelhos é o de um homem impulsivo, inquieto e frequentemente covarde, ao ponto de até mesmo negar seu Senhor com maldição.

Sua Epístola (carta), não obstante, nos apresenta um homem paciente, calmo e amoroso. 
Esta é a obra do Espírito Santo: não há outra explicação para tal mudança. 
Quantas pessoas justificam seu temperamento ruim, sua fraqueza e atitudes erradas declarando simplesmente: 
"paciência, eu nasci assim"... 
O Evangelho, porém, nos afirma que podemos modificar-nos. Há sempre possibilidade de um novo nascimento e de uma vida nova onde as coisas velhas já passaram, e tudo se fez novo. Pedro é exemplo clássico desse tipo de transformação.

Duas influências muito forte se destacam nesta primeira carta, influências aparentemente contraditórias que parecem desligadas de qualquer relação uma com a outra. São elas a alegria e o sofrimento.
Pelo menos 26 vezes Pedro fala sobre a alegria que pertence àqueles que receberam a graça do nosso Senhor, e 14 vezes menciona o sofrimento de Jesus e daqueles que O seguem. 
Sugiro que você sublinhe, essas duas expressões com lápis de cores diferentes a fim de que, quando novamente tornar a ler esta Epístola, sua atenção se volte para a importante relação entre perseguição que a vida cristã frequentemente sofre e a alegria do Senhor.

Pedro foi sempre um homem prático, e sua carta reflete tal qualidade. Lembrando-nos de que somos gente de Deus, solicita-nos  a vivermos em harmonia.
Admoesta escravos, esposas, maridos e membros da Igreja em geral, fazendo um sumário importante desses relacionamentos (1 Pedro 3. 8 - 22) e aconselhando-nos a ser amorosos e humildes. 
Vindo o sofrimento, que seja ele imerecido por fazermos o bem.

Os capítulos 4 e 5 serviram de conforto aos cristãos de todas as gerações, vítimas inocentes de homens maus. Pedro afirma não ser isso coisa de se estranhar (1 Pedro 4.12), mas parte do sofrimento por amor a nosso Senhor, e por isso mesmo, motivo de alegria. Assim como o sofrimento de Jesus foi o prelúdio da glória, que também o seja para nós que "por amor a Ele" também sofremos.

Mas é difícil reconhecer a Pedro nessas palavras de apelo à paciência. 
Falando-nos da coroa de glória, no capítulo 5, dá-nos um vislumbre da ETERNIDADE, e relembra o povo de Deus dos fatos gloriosos da segunda vinda de Jesus. 
Enquanto isso não acontece, porém, lançai 
"sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vos
(1 Pedro 5. 7).

Próximo Estudo: A SEGUNDA EPÍSTOLA DE PEDRO

Com amor em Cristo Jesus
Lúcy Jorge
Serva do Deus Altíssimo

sábado, 19 de outubro de 2019

A EPÍSTOLA DE TIAGO < Estudo >

ESTUDE COM A BÍBLIA EM MÃOS

Até o tempo da crucificação, Tiago, irmão de Jesus, se opunha amargamente aos Seus clamores de divindade, mas depois da ressurreição converteu-se através de uma conversa especial com o Senhor ressuscitado (1 Coríntios 15:7). Transformou-se em imediato um homem de oração, e,  tornado bispo da igreja em Jerusalém (Atos 15. 13 -21), dedicou sua vida a quanto está os judeus e a ajudá-los a compreender o Cristianismo.

Esta carta foi escrita aquele judeus das 12 tribos que haviam aceita Jesus como seu Senhor. Sua mensagem intensamente prática: a prova do cristianismo são fatos concretos, atitudes, e não apenas palavras. Eis aí uma verdade importante para pessoas que gostam de debater e discutir religião.

Muitos de nós já descobrimos ser muito mais fácil acreditar em uma doutrina do que vivê-la.
A epístola de Tiago é um manual de vida cristã e responde a pergunta:
"Se a salvação é um dom gratuito de Deus, que importa a maneira como vivemos ?"
Tiago diz que importa, e muito. Ele declara que através da conduta de uma pessoa podemos julgar se sua fé é realmente genuína.
A fé real em Jesus Cristo sempre influencia a maneira como uma pessoa vive. Ela afeta nossas atitudes básicas em relação a nós mesmos, aos outros e à vida em geral. tirar o lixo lembra da necessidade de termos padrões verdadeiramente cristão em todas as áreas da nossa vida. Ele sabia o quanto é fácil nos tornarmos negligentes no assunto tão sério como a vida para Jesus.

Tiago deve ter sido um excelente professor, por que inicia a sua carta apresentando o resumo completo dos assuntos que mais tarde discutiria com minúcias.
Eis alguns deles:
Aprovação (2.12 - 15)
Tolerância (3. 5)
Sabedoria (3. 13 - 18)
Oração (4. 2, 3)
Fé  (2. 14 - 18)
Riquezas (2. 1- 10)
A língua (3. 1 - 12)
E Cristianismo em ação (2.14 - 26)
Muita coisa para tratar em apenas cinco capítulos curtos.

Alguns estudiosos da Bíblia alimenta uma ideia falsa de haver um conflito entre os escritos de Paulo e esta carta de Tiago. Eles tentaram convencer luz de que Paulo ensina a "salvação pela fé", enquanto Tiago ensina "a salvação pelas obras". Visão realmente incorreta do que Tiago escreveu.
Paulo escreveu a igrejas a respeito da fonte da nossa fé, e Tiago sobre seus frutos. 
Um  lança os fundamentos de Cristo, enquanto outro constrói sobre esses fundamentos. 
Tiago está dizendo: "não só creiam --- vivam isto !".
se com todo o cuidado você leu o que Paulo escreveu, especialmente na sua carta a Tito, também ali você encontrar a grande ênfase nas boas obras. Não há de forma alguma conflito entre fé e obras. 
Uma é simplesmente a consequência da outra.

Outro perigo para ser evitado na leitura da carta de Tiago é o de imaginar que a nossa salvação eterna depende do que fazemos. e lugar algum Tiago afirma que uma pessoa nasce de novo simplesmente por fazer boas coisas. O que na verdade ele diz é que, quando pelo Espírito de Deus um homem ou mulher nasce novamente, ele ou ela por suas boas ações demonstrara fatalmente os efeitos dessa vida nova. que ninguém conclua que a caridade substitui o arrependimento de pecados e a fé em Deus como condição única de salvação.

O primeiro capítulo desta carta nos descreve como deve ser um verdadeiro cristão. Esclarece que a certos padrões pelos quais Ele vive, e nenhum compromisso é permitido. acrescenta que a "religião verdadeira" é demonstrada no cuidado pelos necessitados e numa vida de exemplo e pureza.  Mas em momento algum afirma que as e são as únicas coisas que Deus procura em nós.

Tiago fala a Igreja atual sobre nosso relacionamento horizontal, aquelas distinções sociais rígidas que "colocam cada um no seu devido lugar". 
Ele diz que devemos tratar a todos com igual respeito independente de "status", capacidade intelectual, raça ou cor. Falhando nisto, quebramos um dos mais importantes mandamentos de Deus (Marcos 12. 28 - 31).

Na segunda parte do capítulo 2 Tiago declara que a fé que se reduz a meras palavras não é fé. Até o diabo crê em Deus tem essa maneira, mas esta sua "fé" não o salva do julgamento de Deus. 
Pois exemplos de Abraão (Gênesis 15. 1- 6), e Raabe ( Josué 2) 
são excelentes.
Vemos que Deus aceitou essas duas pessoas, não porque ela está firmado crer nEle, mas porque o demonstraram por suas ações.  Este é um bom teste para a fé professada por alguém. não permita que o versículo 24 deste segundo capítulo confunda e o leve a pensar que as obras são superiores a fé. A explicação vem versículo 26, e nos diz que "a fé sem obras é morta".

O terceiro capítulo de Tiago contém uma das mais fortes e excessivas advertências da Bíblia a respeito do perigo da língua. Que todas as fofoqueiras e fofoqueiros tome cuidado. 
A língua é um fogo de iniquidade capaz de contaminar o corpo todo. Ela pode arder no fogo do inferno. Está cheia de veneno mortal. Quantos de nós já foram vítimas de "más línguas" ?
Deixe-me raciocinar de outra maneira: quantos de nós já causamos vítimas por causa do uso inoportuno da nossa língua ?
Muitos apropriadamente, o capítulo finaliza com uma definição da sabedoria real.

Tiago foi chamado de "o apóstolo prático" provavelmente terá adquirido tal reputação por causa do capítulo 4 da sua Epístola. Falando de lascívia, inveja e orgulho, leva-nos "de volta ao chão". não passa por cima dessas coisas como meras fraquezas e fragilidades humanas, mas declara que elas precisarem do diabo, que devem encontrar em nós resistência. A conclusão desse assunto é que somente através do Senhor podemos vencer essas influências destrutivas. que ninguém se orgulho do que é ou do que pode fazer.
Nossa esperança está unicamente em Deus.

Os versículos finais desta epístola são das mais importantes Palavras dirigidas ao Corpo de Cristo. Colocadas em prática, muitos sofrimentos e aflições indisíveis teriam sido evitados e Jesus Cristo teria sido glorificado através de atitudes de amor e perdão. 
O ato de cobrir "multidão de pecados" (Tiago 5. 20) é um ato de misericórdia e graça. 
É algo sobre o que é muito pouco sabemos. Estamos sempre prontos a expor, a criticar e a "excluir", ao invés de converter o irmão que está errando.
Isso também faz parte do Cristianismo prático:
uma daquelas "boas ações", fruto de uma fé genuína em Jesus Cristo que tanto nos tem perdoado.

Próximo estudo: A Primeira Epístola de Pedro

Com amor em Cristo Jesus
Lúcy Jorge
Serva do Deus Altíssimo


terça-feira, 15 de outubro de 2019

A EPÍSTOLA AOS HEBREUS < Estudos >



Não sabemos quem escreveu esta obra prima na verdade cristã. Alguns creem ter sido o apóstolo Paulo e eu também creio. Contudo pelas evidências apresentadas, sabemos que o escritor tinha profunda familiaridade com o Velho Testamento e aceitara a Jesus como verdadeiro Mestre. O escolhido e Ungido de Deus.

Esta epístola foi chamada de quinto Evangelho: Mateus, Marcos, Lucas e João descreve na vida de Cristo aqui na terra, enquanto a Epístola aos Hebreus descreve Seu ministério como o de advogar nossa causa ao lado direito de Deus nos Céus.
Ela foi escrita a um grupo de cristãos, provavelmente habitantes Jerusalém, que haviam sofrido grande perseguição devido à sua fé em Jesus, e cujo maior problema era a imaturidade e a falta de crescimento. Sem condições de ensinar aos outros as verdades de Cristo, eles tinham chegado ao ponto de nem mesmo poder discernir entre o certo e o errado. 
Havia a possibilidade de que esse povo abandonasse completamente sua fé em Cristo e voltasse as leis e tradições judaicas. É evidente que essas pessoas haviam aceitado a Jesus como seu Senhor e Salvador, mas estavam "balançados" entre dois modos de vida.  
Valia pena seguir a Cristo ?
Seria Ele o verdadeiro sacrifício pelo pecado ?
Teremos mesmo que renunciar muitas coisas para nos tornar seguidores do Senhor Jesus ?
Não serão as tradições antigas tão importante quanto a vida nova que Jesus nos oferece ?
Estas são às perguntas que esta carta faz e às quais dá uma resposta.

Mas este não é um problema novo. Todas as vezes que um homem ou mulher ouvir a simples mensagem da salvação, ele ou ela se surpreende com essa decisão. Frequentemente ela representa não apenas uma decisão espiritual, mas também cultural e social. 
O que é que os amigos vão pensar ?
Não estarei traindo minhas tradições ?
Valerá a pena renunciar e tudo a tudo o que já conheço e pratico para me tornar um seguidor de Jesus ?
Se realmente fizer este rompimento com o passado, como posso ter certeza de que esta nova forma é melhor ?

Esta é a palavra chave da carta aos Hebreus: MELHOR.
É melhor seguir a Cristo do que qualquer outra coisa, fé, filosofia ou doutrina. 
Por quê ?
Por que Cristo? 
Ele próprio, é melhor do que profetas, anjos ou mestres ?

Ele é supremo, e sem Ele não há vida eterna. 
Veja como o escritor se aproxima do seu objetivo. Caminhe com ele até este templo de verdadeira adoração. Àquele que é Superior, o Único Salvador.
Deixe-me preveni-lo sobre esta Epístola. É como viajar por uma estrada nova. Na primeira viagem, você tenta chegar ao seu destino, mas ao voltar, olhando ao derredor, surpreendentemente você descobre coisas novas, que perdera da primeira vez. Aqui está meu conselho a respeito desta majestosa carta.  Leia-a toda de um só fôlego. Não se preocupe muito com coisas que não compreender. E então, de novo comece a lê-la, devagar deliberadamente. Você encontrará novas  verdades "em cada curva da estrada".

Logo na primeira leitura, entretanto, uma coisa será óbvia: 
JESUS CRISTO é proeminente em cada página. 
A muitos dos outros livros isto não se aplica. Nos Atos dos Apóstolos, por exemplo, aprendemos sobre os discípulos, os judeus, os gentios, etc... 
Aqui em Hebreus, vamos aprender sobre o Senhor Jesus Cristo. 
Ele é o tema central do livro.

Esta Epístola se abre com uma afirmação tremenda da divindade de Cristo. Num contraste dramático, o capítulo dois declara sua total humanidade. Em nenhum outro lugar, na Bíblia inteira, a realidade da humanidade nos é apresentada melhor do que nos capítulos um e dois.  Deus na carne. 
Ele que é "superior aos anjos" (Hebreus 1.4) é feito "por um pouco menor que os anjos" (2.9), a fim de que possa sofrer e morrer pelos pecados do mundo inteiro. 

Esta dupla natureza divina e humana é o grande mistério da fecundação no ventre de uma virgem. O homem Jesus, nascido de Maria, foi concebido pelo Espírito Santo. Temos que admitir que este mistério nos confunde: Jesus não é um compromisso entre o divino e o humano, possuindo um pouco da natureza de cada um, mas Ele é ao mesmo tempo totalmente divino e totalmente humano, Sua divindade não O afastou da dor e do sofrimento, nem sua humanidade O obrigou a compartilhar da natureza pecaminosa do homem.

Leia novamente estes dois primeiros capítulos, e você verá que a obra da salvação se tornou possível através da humilhação voluntária de Cristo, que em forma de homem foi tentado sofreu, a fim de nos trazer a vida eterna.

Como você já deve ter notado esta apresentação do Estudo do Novo Testamento não é uma análise de seu conteúdo, capítulo por capítulo.
No entanto, quero realmente chamar a sua atenção para o capítulo 4 da Epístola aos Hebreus.
Ele contém uma admoestação sobre as sérias consequências de não crer. O exemplo que o escritor apresenta é o de Israel, a quem foi dada a grande promessa, e que gozou da provisão de Deus, durante as gerações passadas.

Israel recebeu a promessa de uma "terra" onde teria uma trégua dos seus inimigos. Mas o "descanso" prometido por Deus não é apenas de um lugar onde se goza uma vida segura. É descanso do espírito; lugar de paz,  um dom de Deus. 
Salvação não é recompensa por duros trabalhos, mas consequência da aceitação das promessas de Deus e a entrada na "terra da promessa" pela fé.
A promessa foi feita aqueles que formam o povo de Deus. Devemos estar atentos para que, por nossa descrença não percamos seus benefícios.

Esta Epístola é um templo de adoração a Jesus Cristo. Nela você aprende que Ele é o nosso Sacerdote que não só nos compreende como nos representa diante de Deus. 
Ele é compassivo para com os nossos problemas, e apesar de imperfeitos, nos convida a achegarmo-nos confiadamente a Deus "a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna"
(Hebreus 4. 16).

Nos últimos quatro versículos do capítulo 5 lemos a severa  reprovação feita aos indolentes que não ouvem corretamente o que Deus diz, que são bebês espirituais e nem mesmo conseguem discernir entre o bem e o mal. Mas a solução aparece nos primeiros versículos do capítulo 6.
Se você ainda não lançou os fundamentos de uma vida cristã adequada, faça-o. 
Estes são: 
arrependimento das obras mortas, fé diante de Deus, batismo, imposição de mãos e conhecimento da ressurreição e do julgamento.
Se tais fundamentos foram lançados, não continue a fazer sempre as mesmas coisas de forma repetitiva. Deixe-as, e alcance a maturidade, a perfeição espiritual.

A trágica realidade é que muitas pessoas entraram na Igreja "pela janela" e nem mesmo conhece os princípios básicos da vida cristã. O fato de haver nascido numa família cristã parece ser sua maior reivindicação de espiritualidade. E se na sua infância houver sido feita sobre seus pequenos corpos alguma cerimônia religiosa, então o problema da religião já terá sido resolvido, adquirindo elas o direito de se auto-denominarem "cristãs" ainda que nem mesmo "praticantes" sejam.

Que cruel decepção !
Como pode receber o perdão de Cristo alguém que nunca se arrependeu ?
Que sabe uma criança sobre "fé em Deus" ?
Ter a fé nos sacramentos substituído essas coisas ?
Se a tradição espiritual diz que sim, você deve saber que a Palavra de Deus afirma justamente o contrário.
A Bíblia nos ensina que devemos "crer e ser batizados". 
Batismo sem fé pessoal não faz sentido. 
Este tem sido sempre o problema. Os Hebreus a quem se destinava esta carta, não tinham lançado corretamente seus fundamentos, e por isso ainda eram bebês. 
Colocavam sua fé no "pai Abraão" (capítulo 6), numa ordem sacerdotal (capítulo 7), ignorando ser a fé em Cristo a única esperança da salvação eterna.

Três capítulos (8, 9 e 10) São dedicados a demonstrar que a Nova aliança
 (salvação por Jesus Cristo) é melhor do que a tradição da velha aliança a (lei de Moisés).

O escritor nos diz que vale a pena renunciar algumas coisas boas para receber algo melhor. Ele está respondendo a pergunta que muita gente faz ainda hoje. 
Por que a minha "tradição espiritual" não resolveu meu problema espiritual ? 
A razão é que a fé em Cristo não deve ser misturado a outras coisas, outros Santos agora mortos.  Nossa adoração exclusiva Ele é a nossa garantia de paz e nossa esperança de salvação eterna.
Chegamos ao capítulo clássico sobre a fé a Galeria dos Heróis a "exposição"da fama. 
O capítulo 11 desta epístola nos fala de fé e de suas consequências. 
Poucas virtudes cristãs são apresentadas com tantas particularidades. Você que afirma ter "muita fé em Deus', meça-as pelas definições deste capítulo. 
Lembre-se de que ter informação sobre fé cristã não é o mesmo que colocar sua confiança em Jesus como seu Senhor e Salvador.

Constantemente me surpreendo com o número crescente de pessoas de vidas confusas, cheias de vícios e tormentos, que declaram ter sempre depositado fé em Jesus. 
Será que "a fé não funciona" ? 
Ou representará ela apenas uma das palavras-código do Cristianismo, parte de um vocabulário religioso ?

Jesus ensinou-no que se tivermos fé, "todas as coisas serão possíveis". 
Ele disse aos discípulos que "se pedissem qualquer coisa ao Pai, com fé, receberiam". 
Será esse tipo de fé que você possui ? 
Fé é mais do que coragem para encarar a vida; é mais do que resignação em face dos problemas da existência diária; é mais do que habilidade para resolver situações difíceis.

Fé uma força dinâmica que nos transforma. 
Este capítulo vai ajudá-lo a compreender um pouco melhor sobre esse assunto.
Os capítulos finais deste livro contém um convite a caminhar com o Senhor nesta vida nova de fé. Pondo de lado aquelas coisas, aqueles pesos que impedem nosso progresso. 
Aprendemos que o sofrimento vem não porque Deus não cuida de nós, mas por que Ele cuida tanto que permite que sejamos testados, disciplinados.
Não devemos desencorajar e desistir.
Nestas páginas aprendemos que Deus se preocupa com todos os aspectos de nossa vida; como usar nossa casa; como atender as necessidades dos outros; como nos comportar no casamento; como usar nosso dinheiro.

Lendo estes capítulos você vai aprender que ninguém se torna crente firme através de um código de observância religiosa, mas através da obediência a Deus.
Cristo oferece salvação a todos, mas há uma exclusividade no âmago da mensagem cristã que muita gente julga difícil de aceitar:
Há um e apenas um sacrifício pelo pecado; há um caminho e somente um caminho para Deus.
somos convidados a aceitar a resposta de Deus as necessidades humanas:
SALVAÇÃO PELA FÉ EM JESUS CRISTO SOMENTE.

Próximo Estudo: A Epístola (carta) de Tiago
Com amor em Cristo Jesus
Lúcy Jorge
Serva do Deus Altíssimo



sábado, 12 de outubro de 2019

CARTA DO APÓSTOLO PAULO A FILEMON < Estudo >

CARTA DO APÓSTOLO PAULO À FILEMON
Estude com a Bíblia em mãos

Esta é uma carta de caráter particular, escrita por Paulo à um crente em Cristo de posição social, na qual se refere a um dos seus escravos. 
É composta de apenas um capítulo com 25 versículos, e descreve um dos grandes problemas daqueles dias, a escravidão.

Estas eram as circunstâncias. O escravo, Onésimo, fugira do seu senhor, Filemon e fora para Roma, onde encontrou o apóstolo Paulo, convertendo-se a Jesus Cristo por sua pregação. Paulo amava este jovem como a um filho, mas ele era propriedade legal de Filemon, membro da Igreja em Colosso.

De acordo com as leis da época, Onésimo, depois de ser submetido a terrível punição deveria ser devolvido ao seu senhor. Impossibilitado de mantê-lo consigo sem o consentimento de Filemon. Paulo escreveu esta carta, ao mesmo tempo que enviava um amigo comum, Tíquico, como "apoio moral".

Sua intenção era a dividir o seu irmão na fé que tratasse Onésimo com benevolência. garante que o homem que está voltando é muito diferente daquele que fugiu; já não é mais um escravo apenas, mas um irmão em Cristo Jesus. É pois nessas bases novas que Paulo espera que Filemon receba Onésimo.

Uma coisa importante a ser ressaltado nesta carta que Paulo, não obstante ter como Apóstolo autoridade espiritual para insistir neste comportamento brando, não o fez. Mesmo ele sendo Filemon profundamente devedor, por sua própria conversão, ele não usou o tal fato como justificativa para o bom trabalho de Onésimo.

Pelo contrário esta carta é não só amável e cheia de tato, como repleta de louvores. 
Paulo conhece Filemon. 
Ele tem fé na qualidade do amor cristão, que tem o poder de perdoar. Não há qualquer necessidade de usar de autoridade. O que é nossa vida fazemos por causa de Jesus, fazemos prazerosamente, jamais em "pagamento" por favores que recebemos no passado.

Paulo nesta carta não confronta o problema da escravidão, mas afirma claramente que ela é incompatível com a ética cristã: ela não pode ser nunca fruto do Cristianismo.
Nesta Epístola sentimos a angústia de viver dentro de um sistema mundano que não temos o poder de modificar. Muitos dos males sociais dos nossos dias são frutos de gerações e mesmo séculos de corrupção e decadência moral. O que Paulo nela está dizendo é que, ainda que não sejamos capazes de mudar o mundo em que vivemos, podemos no entanto modificar o nosso mundo interior. Mesmo sujeitos as regras de uma sociedade opressiva e injusta, ainda assim não somos obrigados a ser opressivos nem injustos.

Onde começa a mudança social, 
senão no coração de cada um de nós ?

Como alcançar mudanças na sociedade, senão com um novo tipo de conduta ?

E revoltamo-nos contra Roma ?

Compartilhamos de uma nova teologia que trata das necessidades físicas do homem e negligencia seu coração ?

Paulo diz a Filemon:
"Recebe-o como se estivesse recebendo a mim mesmo
(Filipenses 1.7). 
Isto sim é libertação real isenta de demagogia e no Espírito de Cristo.

Próximo Estudo: A Epístola aos Hebreus

Com amor em Cristo Jesus
Lúcy Jorge
Serva do Deus Altíssimo
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