PRIMEIRA CARTA DO AP. PAULO A IGREJA DE CORINTO < Estudo >

CARTA DO AP. PAULO A IGREJA DE CORINTO

Corinto era uma cidade grega que vivia de comércio, ir para ali afluir a gente de todas as funções afim de comprar e vender. Era por isso mesmo que é grande importância estratégica Para que ali se estabelecesse uma igreja. Na realidade, a mensagem do Evangelho seria levado ao mundo inteiro.

Era, no entanto, o lugar mais improvável para que isto acontecesse, devido a declaração do povo. Sua vida religiosa era dominada por Afrodite, a deusa do amor. Milhares de prostitutas serviu aos residentes e estrangeiros, no templo. Uma viagem a Corinto significava uma festa de prazeres carnais, festa que se tornou conhecida ao redor do mundo todo.

Por outro lado, a cidade era um centro de cultura e arte possuindo muitas escolas de línguas e de filosofia.

Portanto, foi ali que Paulo chegou com aproximadamente 50 anos de idade, vestido com roupas simples de um fabricante de tendas. Encontrando trabalho com duas pessoas, Áquila e Priscila, começou a pregar na sinagoga sobre Jesus, o Messias. Aquele que ficaria o coração e a alma e tornaria o homem aceitável a Deus pelo perdão dos pecados.

Estas duas cartas de Paulo à Igreja que ele estabelecera em Corinto são as mais complexas todas, pois tratam de uma grande variedade de assuntos e problemas. Um sério caso de incesto  estava para ser resolvido, alguns dos membros da Igreja, estavam levando seus irmãos aos tribunais e esse assunto também teria de ser solucionado; havia divisões na Igreja, sob as quais Paulo teve de falar; até abusos daquela "liberdade" contida na mensagem do Evangelho e tornada "permissão para fazer qualquer coisa". Todos esses assuntos foram tratados pelo Apóstolo cujo amor aos crentes e cujo os cuidados da Igreja são evidentes em todas as páginas dessas cartas.

Apesar desses problemas, locais e temporários. Paulo escreve a respeito de alguns dos aspectos mais importantes da fé cristã, e é nas Epístolas aos Coríntios que somos instruídos sobre nosso relacionamento mútuo, e com Deus.

Uma das questões mais práticas de que Paulo trata aqui é a do casamento. 

Seis muito importantes perguntas são feitas e respondidas:

 

Devem os casais continuar a ter relações sexuais normalmente depois da conversão ?

Os solteiros precisam casar-se ?

É permitido o divórcio entre cristãos ?

O que fazer quando o marido ou a esposa não é cristão ?

Os noivos tem obrigação de se casar ?

Devem as viúvas contrair matrimônio novamente ?

No capítulo 7 da primeira carta, Paulo trata de assuntos práticos.

A fim de corrigir certos problemas a respeito da Santa comunhão, Paulo escreve aos Coríntios falando sobre natureza desse importante e abençoado encontro entre o crente e a pessoa de Cristo.

A igreja cristã criou em torno deste acontecimento muitas coisas características da natureza humana. é provável que não haja outra doutrina mais erradamente interpretada que esta da "Ceia do Senhor". É importante compreender a intenção no Espírito Santo quando nos reunimos para comemorar a morte do nosso Senhor. Precisamos ler novamente o que Paulo "recebeu do Senhor" (1 Coríntios 11. 23), para entender o real significado da Santa comunhão.  (Gratidão à Deus pelo Sacrifício de Cristo Jesus).

Em sua carta à Igreja de Corinto, é no assunto dos dons espirituais que o apóstolo apresenta maior eloquência. Os capítulos 12 e 14, nos mostram um retrato nítido desses dons de revelação, inspiração e poder, dados a igreja para sua edificação e crescimento são os chamados dons "espirituais" ou dons do Espírito.

Capítulo 14 é inteiramente dedicado ao assunto de profecia e dom de línguas: Alguns o consideram advertência contra o abuso de explosão de emoções em cultos públicos, enquanto outros o veem como disciplina e orientação a respeito de dois aspectos importantes e normais da vida da comunidade espiritual.  De qualquer forma, porém, o assunto tratado com muito amor e clareza.

É nesta primeira carta que encontramos um dos mais belos e importantes textos de toda a Bíblia, o capítulo 13, que nos fala de um novo tipo de amor. a língua grega usou duas palavras distintas para descrever dois diferentes tipos desse sentimento: "Eros"  amor sexual, e "Filéus" fraternal. Mas nenhuma dar de duas se ajustou para expressar um novo tipo de amor não exigente, não egoísta, nem físico.e

Foi assim que se encontrou uma nova palavra: 

"Àgape". 

O capítulo 13 da primeira carta descreve o amor "ágape", eis aqui uma nova dimensão de relacionamento humano não inspirado em sexo, amizade, ou mesmo lealdade familiar: Amor que transcende qualquer sentimento.

Leia-o vagarosamente e você a de conhecer as três virtudes cristãs: 

Fé, Esperança e Amor. 

E a maior delas é o amor ---- Amor "ágape".

Mais um capítulo clássico e sem precedentes em qualquer dos outros livros da Bíblia aqui será encontrado o décimo quinto capítulo, que fala da ressurreição de Cristo e a promessa de uma futura ressurreição para todos os cristãos.

Para gente que acredita ser a alma imortal, a ideia de uma ressurreição física corporal, é ridícula. 

Entre os judeus e gregos da Igreja Primitiva, este assunto era não só muito importante como muito discutido.

Paulo declara que a ressurreição de Cristo é de importância primordial. É aí que a fé cristã permanece ou falha. A pretensão de Jesus a divindade e todas as promessas de vida eterna fundamentam-se na ressurreição corporal de Jesus dentre os mortos.

Ao escrever Paulo esta carta, aproximadamente 25 anos da ressurreição já se haviam passado, e muitos daqueles que viram Jesus depois da Sua crucificação e ressurreição ainda estavam vivos. Deram testemunhos desse importante acontecimento, e Paulo assegurou aos Coríntios que não havia qualquer sombra de dúvida quanto à sua autenticidade.

Entretanto, a ressurreição de Cristo implica na de todos aqueles que nEle tem Fé. 

Importante quer dizer que o corpo a ser ressuscitado será melhor que o que foi sepultado. 

O velho corpo era físico e mortal, enquanto o novo será espiritual e imortal --- mas um corpo. Como planta magnífica, completamente desenvolvida, nascida da semente seca que caiu no chão e morreu.

É nesse capítulo que ficamos sabendo que a morte não traz medo ao Filho de Deus. nosso Evangelho é um Evangelho de esperança, tanto para esta vida como para aquela que virá. Salvação e vida eterna que começa agora e se estende para além da sepultura.

Temos que "confortar-nos uns aos outros com essas palavras"

Próximo Estudo: Segunda carta de Paulo aos Coríntios.

Com amor em Cristo Jesus,

Lúcy Jorge

Serva do Deus Altíssimo.