ESTUDE COM A BÍBLIA EM MÃOS
Estranho, o fato de Pedro não ter escrito nenhum dos Evangelhos.
Presente à maior parte dos acontecimentos no ministério de Jesus, foi trazido ao Senhor por seu irmão André.
Os dois moravam em Cafarnaum quando Jesus chamou para deixarem seu negócio de pescaria e se tornarem Seus discípulos.
Pedro transformou-se rapidamente no líder do grupo dos doze homens que estavam com Jesus durante todo o Seu ministério. Fazia parte do círculo interno dos três (Pedro, Tiago e João) e presenciou alguns de Seus maiores milagres, tendo assistido à Sua transfiguração (Marcos 9. 2).
Pedro homem cheio de "altos e baixos", capaz de afirmar a divindade de Jesus (Mateus 16. 16) para logo depois, acusado por uma criada na noite da crucificação, negar qualquer conhecimento dEle. Ao dar-se de sua fraqueza, saiu pela noite e chorou amargamente
(Marcos 14. 66 - 72).
Conhecendo seu remorso, após a ressurreição, Jesus lhe apareceu antes de qualquer dos outros apóstolos. Pedro tornou-se o líder da Igreja Primitiva em Jerusalém. Pregou o primeiro sermão público no dia de Pentecostes. Conta-nos a tradição (não há qualquer evidência bíblica do fato), que foi crucificado em Roma de cabeça para baixo, durante a terrível perseguição do Imperador Nero, iniciada no ano 64 AD.
Para maiores informações sobre ele e seu ministério, leia os doze primeiros capítulos dos Atos dos Apóstolos.
Este Apóstolo é provavelmente o maior exemplo do poder transformador de Cristo na personalidade humana. Seu retrato nos quatro Evangelhos é o de um homem impulsivo, inquieto e frequentemente covarde, ao ponto de até mesmo negar seu Senhor com maldição.
Sua Epístola (carta), não obstante, nos apresenta um homem paciente, calmo e amoroso.
Esta é a obra do Espírito Santo: não há outra explicação para tal mudança.
Quantas pessoas justificam seu temperamento ruim, sua fraqueza e atitudes erradas declarando simplesmente:
"paciência, eu nasci assim"...
O Evangelho, porém, nos afirma que podemos modificar-nos. Há sempre possibilidade de um novo nascimento e de uma vida nova onde as coisas velhas já passaram, e tudo se fez novo. Pedro é exemplo clássico desse tipo de transformação.
Duas influências muito forte se destacam nesta primeira carta, influências aparentemente contraditórias que parecem desligadas de qualquer relação uma com a outra. São elas a alegria e o sofrimento.
Pelo menos 26 vezes Pedro fala sobre a alegria que pertence àqueles que receberam a graça do nosso Senhor, e 14 vezes menciona o sofrimento de Jesus e daqueles que O seguem.
Sugiro que você sublinhe, essas duas expressões com lápis de cores diferentes a fim de que, quando novamente tornar a ler esta Epístola, sua atenção se volte para a importante relação entre perseguição que a vida cristã frequentemente sofre e a alegria do Senhor.
Pedro foi sempre um homem prático, e sua carta reflete tal qualidade. Lembrando-nos de que somos gente de Deus, solicita-nos a vivermos em harmonia.
Admoesta escravos, esposas, maridos e membros da Igreja em geral, fazendo um sumário importante desses relacionamentos (1 Pedro 3. 8 - 22) e aconselhando-nos a ser amorosos e humildes.
Vindo o sofrimento, que seja ele imerecido por fazermos o bem.
Os capítulos 4 e 5 serviram de conforto aos cristãos de todas as gerações, vítimas inocentes de homens maus. Pedro afirma não ser isso coisa de se estranhar (1 Pedro 4.12), mas parte do sofrimento por amor a nosso Senhor, e por isso mesmo, motivo de alegria. Assim como o sofrimento de Jesus foi o prelúdio da glória, que também o seja para nós que "por amor a Ele" também sofremos.
Mas é difícil reconhecer a Pedro nessas palavras de apelo à paciência.
Falando-nos da coroa de glória, no capítulo 5, dá-nos um vislumbre da ETERNIDADE, e relembra o povo de Deus dos fatos gloriosos da segunda vinda de Jesus.
Enquanto isso não acontece, porém, lançai
"sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vos"
(1 Pedro 5. 7).
Próximo Estudo: A SEGUNDA EPÍSTOLA DE PEDRO
Com amor em Cristo Jesus
Lúcy Jorge
Serva do Deus Altíssimo
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