segunda-feira, 7 de outubro de 2019

CARTA DO APÓSTOLO PAULO AOS COLOSSENSES < Estudo >

ESTUDE COM A BÍBLIA EM MÃOS

O problema da Igreja de Colosso que motivou a redação desta carta é o mesmo que existe na Igreja atual do Brasil: sincretismo, ou seja, introdução de ideias de outras filosofias e religiões ao mesmo nível da verdade cristã.
onde quer que se não preserve a simplicidade é a pureza da mensagem do Evangelho.

Quando os gregos vieram para a igreja de colosso, parecia-lhes suficientemente inofensivo incorporar suas próprias filosofias à fé cristã. 

E que de errado haveria em conservar a circuncisão e as dietas da lei da religião judaica ?

Por que não aceitaram a ideia de ter os anjos como "intermediários" a fim de nos ajudar a chegar a Deus ?

Percebe você quanto é isto familiar na Igreja católica, dita cristã ?

Por que não orar ao "santos" hoje ?

Haveria nisto algo de errado ?

Certamente que outros caminhos há para Deus, tão válidos quantos Jesus. Não é assim que multidões creem, chamando-se seguidores de Cristo ?...

E que dizer das pessoas excluídas da comunhão das nossas Igrejas simplesmente porque não obedeceram de modo cego às "doutrinas" de roupas e cabelos ?

Haverá por acaso alguma diferença entre isto e as leis de alimentação dos judeus que proclamavam salvação através da "santidade" pessoal ?

A questão permanece até hoje, de como tratar tais regras, ideias e práticas ditas "cristãs" mas que se chocam não só com os mais elementares fundamentos da doutrina de Cristo, como também com a liberdade prometida a todos aqueles que aceitam a Jesus como Senhor e Salvador.
Paulo resolveu esse problema indo diretamente ao âmago dele. Assim como revelar aos Efésios o que a Igreja de Jesus Cristo era, ele agora revela aos colossenses que Jesus Cristo é o Senhor da Igreja. A solução não deve ser encontrada através de debate, nem mesmo de qualquer espécie de lógica ou persuasão. As religiões orientais, presentes no nosso meio, procuram destruir a crença fundamental de que Jesus é o Filho de Deus, única resposta satisfatória às necessidades da salvação do homem.

Paulo argumenta nesta carta que sem Jesus Cristo não há Igreja, nem corpo, nem vida comunitária, nem tampouco vida eterna.
Cristo é Tudo.
o lugar que dermos a Ele nos nossos ensinamentos e adoração são determinará se somos possuidores de um Cristianismo verdadeiro ou falso.
Quase todas as religiões falsas, chamadas ou não de cristãs, podem ser julgadas na seguinte base de uma falsa informação da pessoa e da obra de Jesus Cristo. Significará Ele para elas o que Ele mesmo afirmou que era, o Divino Filho de Deus ?
Terá sido o seu sacrifício na cruz suficiente para nossa salvação ou temos que adicionar algo a fim de obter a vida eterna ?
Haverá outros "caminhos para Deus", outros mediadores para nossos pecados, outros a quem oramos, além do único "Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem
(1 Timóteo 2.5)?
o engano dos colossenses é o mesmo de muitas igrejas atuais, permitiram que outros tomasse o lugar de Jesus Cristo, aceitando ideias e práticas não encontradas no Evangelho, estranhas aos ensinamentos de Cristo. Os perigos são reais, e estão presentes entre nós ainda hoje.
Mas Paulo, na sabedoria do Espírito Santo, não "ataca" tais heresias separadamente. Pelo contrário compreende que os crentes de Colossos precisavam entender de novo a completa suficiência de Jesus Cristo. Este é o tema desta carta.
Paulo abre a Epístola com agradecimentos a Deus e com oração. Não admite em momento algum que o problema modifique suas prioridades. 
Que exemplo maravilhoso !
Há coisas mais importantes que os nossos problemas. Elas devem tomar os primeiros lugares. Paulo nos admoesta a não permitir que as "coisas da vida" nos leva em nascer algo além de servo do Senhor a quem rendemos Graças por todas as coisas.

E chega ao âmago da fé cristã: a primazia de Cristo.
Sua descrição do Senhor no capítulo 1.14, 22 é sublime. Jesus é declarado expressão viva de Deus; o primeiro na existência, no poder e na posição; o primeiro na nova criação de Deus e no Seu novo povo --- a Igreja.
Ele fez com que fosse assim. Ele é a cabeça de tudo. Por sua morte somos restabelecidas na nossa comunhão com Deus. Estas são as boas novas do Evangelho.

Um dos mais importantes versículos das cartas de Paulo encontra-se aqui: "Ora, como recebeste à Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nEle" (Colossenses 2. 6). 
Eis definição de Cristianismo: receber a Cristo o Senhor --- não como código de regras, cerimônia impressionantes ou fórmulas novas de meditação e oração --- e sim como pessoa. Quem não recebe a Jesus como seu senhor e mestre não tem o direito de ser chamado de "cristão", nem goza da proteção do Pai celestial. "Aquele que tem o Filho, tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tenha vida" (1 João 5.12).
Havendo recebido o senhor pela fé, aprendemos que só através dela é que continuamos a andar nEle. A fé não se transforma em obras depois da salvação. aceitamos o perdão de Deus para os nossos pecados em completa segurança na obra de Jesus Cristo ultimada na Cruz do Calvário, e é nessa mesma confiança que Paulo nos ensina a prosseguir em nossa vida diária. Nenhum apego à carne, ou à tradição religiosa.
Nenhuma dependência de obrigações pessoais e sacrifícios. Jesus é tudo ou nada.
Não pode jamais ser "misturado" a "deuses" menores. 
Tal prática é abominação, decepção, tragédia e mentira.
À medida que você lê essa pequena carta de apenas 4 capítulos, você vai vendo que o crente não pode se permitir comprometer-se nem com filosofias (religiões orientais,  por exemplo), nem com legalismo pois ambos centralizam se no homem.

O Cristianismo se não é Cristocêntrico, não é Cristianismo. Não invocamos outros poderes espirituais além de Cristo, pois ELE é infinitamente maior que qualquer um deles.
"Cuidado que ninguém fui venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo, não segundo Cristo" 
(Colossenses 2. 8). 
Eis aí os perigos.
Até mesmo nossa "espiritualidade" pode vir a ser uma grande decepção e um engano vão. Nossa confiança está firmada em Cristo. a prática escrita da religião pode distanciar-nos da verdadeira fonte da Vida: Jesus Cristo, Crucificado,  Ressurreto e Glorificado.

O capítulo 3 descreve a vida nova que encontramos em Cristo. Todas as barreiras terrestres são destruídas pela fé nEle. "Não pode haver grego nem judeu, circunciso ou incircunciso ..., escravo, livre; porém Cristo é tudo e em todos" (Colossenses 3. 11).
Consequentemente, qualquer coisa que fizermos, devemos fazer "em nome do Senhor Jesus" (Colossenses 3. 17). Aqui está a solução para absurda mistura de "religiões": faça de Jesus o centro da sua vida, o meio de alcançar graça e autoridade em oração, e você gozará das bençãos do Pai Celestial.

Paulo termina a carta como iniciou, convidando-nos a preservar 
"na oração vigiando com ações de graças" 
(Colossenses 4. 2)

Próximo Estudo: Primeira Epístola aos Tessalonicenses

Com amor em Cristo Jesus
Lúcy Jorge
Serva do Deus Altíssimo

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